As greves brancas
Ao contrário dos demais anos, parece que neste os servidores públicos federais adotam uma estratégia diferente quanto ao calendário de greve. Ao invés de uma greve unificada de servidores públicos, que era o procedimento usual (o índice reivindicado é o mesmo) parece que cada setor do funcionalismo entra em greve isoladamente, como vimos no caso da greve da previdência, que durou 76 dias. Desocupado o calendário, outro setor começa sua greve, e deve ter um prazo semelhante de duração, uns dois meses e pouco.
Outro caso é o da greve de professores, uma realidade mais complexa, pois um professor hoje muitas vezes está envolvido em projetos que não podem parar. Pense, por exemplo, no caso dos professores envolvidos nesse projeto da antena ali de São Martinho, nos prazos da pós graduação, no eventos, colóquios, simpósios, etc, muitos deles internacionais.
O quadro político não é bom. Pela primeira vez uma pesquisa indica que Lula perde para qualquer outro candidato. O que ele vai fazer daqui para frente é tentar terminar o mandato. Os apoiadores das greves pertencem a oposição “ de esquerda” ao governo, e as greves devem ser cada vez mais políticas, no sentido de começar a gritar o tradicional “Fora quem está no Palácio do Planalto”.
As greves no setor do funcionalismo publico Greve de SPF são greves brancas, sem rastros nas fichas funcionais. Funcionam mais na base da paixão, como protesto, atendido nas beiradas, para que as partes continuem perseverando.
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