A Segunda Emenda e "Pense"
Lembrei da Segunda Emenda por causa de um dos melhores livros de introdução à filosofia que já li. Trata-se de "Pense - Uma Introdução à Filosofia", de Simon Blackburn, o mesmo autor do Dicionário de Filosofia da Oxford. O livro saiu pela Editora Gradiva, de Lisboa, em 2001. Tem 8 capítulos, Conhecimento, Mente, Livre Arbítrio, O eu, Deus, Raciocínio, O mundo, O que fazer.
No capítulo "Raciocínio", ao falar sobre a importância dos dispositivos quantificacionais na lógica como auxiliares para a dissolução de certas ambiguidades da linguagem comum (O exemplo mais surrado é "Todas as moças bonitas gostam de um rapaz") ele toma uma posição sobre a posse de armas pelos cidadãos nos EUA. Veja:
"Uma ambiguidade relacionada com esta é responsável por cerca de trinta mil mortes por ano nos Estados Unidos. "Sendo necessária uma milícia bem regulamentada para a segurança de um estado livre, o direito do povo de ter e usar armas não será infringido." Quem não terá os direitos infringidos? Cada pessoa? Ou todas enquanto coletividade, como no caso de "O time terá um ônibus"? Se os fundadores dos Estados unidos tivessem sido capazes de pensar em termos de uma estrutura quantificacional, poderia não se ter derramado tanto sangue". (p.213)
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