sábado, setembro 10

Bloch

O Texto a seguir é de Suzana Albornoz, de longe a maior conhecedora do pensamento de Ernst Bloch no Brasil.

"Humanista e socialista, pois, durante a primeira guerra mundial, Bloch se recusou a lutar, exilando-se na Suíça. Casou-se pela primeira vez com Else von Stritsky, russa de origem aristocrática,de profundas convicções religiosas. Else morreu precocementeem 1921. Em sua única obra até hoje traduzida para o português – Thomas Müntzer, teólogo da revolução -, o filósofo mostra seu entusiasmo com o misticismo cristão, tão forte na Rússia,e com os novos caminhos sociais e políticos de dimensão messiânica trilhados pelo povo russo naqueles anos da Revolução de 1917, sendo estes elementos aliados a um pathos doloroso,que expressa, de algum modo, o luto recente.
Após a República de Weimar e com o advento do nazismo na Alemanha,em 1933, começa longo período de exílio – em Zürich, Viena, Praga e, finalmente, em 1938, nos EEUU, onde Karola Bloch, de formação arquiteta, providenciaria o sustento da família.
Terminada a segunda guerra mundial, em 1949, Bloch pôde escolher entre a Universidade de Frankfurt, na Alemanha ocidental, e aUniversidade Karl Marx, em Leipzig, na zona oriental, tendo optado por esta, coerente com seus ideais socialistas.
Todavia, suas idéias eram demasiado livres e originais, idealistas para o gosto da ortodoxia do partido comunista da então DDR e, após a repressão da rebelião da Hungria, em 1956, quando se manifestou solidário com o povo húngaro e contra a intervenção autoritária, o filósofo e seus discípulos passaram a ser vigiados, impedidos de falar e perseguidos, por isto, em 1961, por ocasião de uma licença para visitar amigos na Alemanha ocidental, a família Bloch não retornou a Leipzig, iniciando-se o período de Tübingen, na Suávia, sul da Alemanha ocidental."
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http://www.celpcyro.org.br/AFELICIDADEPROMETIDA.htm

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