Insulamento
No blogue da Filosofia da Linguagem há uma nova série de comentários, centrados no problema do insulamento. Esse tema ainda não é verbete de dicionário de filosofia. A forma como M. F. Burnyeat, em 1984, introduz o tema, no artigo "O cético em seu lugar e tempo" é muito bonita. Veja só:
“Hoje em dia, se um filósofo encontra dificuldade em responder a pergunta filosófica "O que é o tempo?" ou "O tempo é real?", ele pede uma bolsa de pesquisa para trabalhar no problema durante o próximo ano sabático. Ele não supõe que a chegada do próximo ano está de fato em dúvida. Alternativamente, ele pode concordar que qualquer perplexidade acerca da natureza do tempo, ou qualquer argumento para duvidar da realidade do tempo, é de fato uma perplexidade sobre, ou um argumento sobre, a verdade da proposição segundo a qual o próximo ano sabático vai chegar, mas mesmo assim alegar que isso é obviamente uma dificuldade estritamente teórica ou filosófica, não uma dificuldade que deva ser considerada na vida quotidiana. De um ou de outro modo ele insula seus juízos comuns de primeira ordem dos efeitos de seu filosofar.”
Mais, sobre isso, no outro blogue.
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