Rorty, Levi-Strauss e um terceiro
Em 2001, a "Düsseldorf Identity Foundation" instituiu um prêmio, chamado "Meister Eckhart", destinado a reconhecer os pensadores que tem produzido trabalhos de alta qualidade sobre o tema da identidade. Em 2001, o ganhador foi Richard Rorty, professor de filosofia e literatura comparativa em Princepton, Virginia e Stanford, e figura de proa na filosofia contemporânea. O segundo ganhador foi ninguém menos do que Claude Lévi-Strauss, em 2003. O prêmio, concedido a cada dois anos, vem acompanhado de um cheque de 50.000 euros, e o ganhador é escolhido por um juri de nomes internacionais, nos seguintes campos de investigação: filosofia, teologia, história, sociologia, ciência política, antropologia, etnologia, linguística e psicologia. Um dos critérios para o prêmio é a inclusão de uma abordagem interdisciplinar e a apresentação de idéias acessíveis ao publico leitor em geral.
Em 2005, o prêmio Meister Eckhart já tem o terceiro ganhador, que esteve, dias atrás, em nossa cidade.
Tugendhat nos contou que antes de vir para o Brasil, recebeu um telefonema no qual alguém dizia ter uma "feliz notícia" para ele. Ele achou que era uma dessas pegadinhas de telemarketing e quase desligou o telefone na hora. A pessoa insistiu e perguntou se ele aceitaria receber, em Dezembro, o Prêmio Meister Eckhart.
Ele contou isso, na noitinha do sábado, aquecendo as mãos numa chícara de chá de laranja, e fazendo uma expressão típica de quem lembra de uma pequena alegria que gostaria de repartir com amigos.
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