quarta-feira, março 12

Moita administrativa


Recebi hoje na Ufesm uma correspondência enviada pelas autoridades, repassando um despacho do Procurador da República, Harold Hoppe. O Procurador tem a esperança que a "postura administrativa" das autoridades da Ufesm mude um pouco para reverter o quadro "cotidiano e rotineiro" de "falta de cuidado e zelo" com as coisas do campus. Trata-se do "considerável número de ocorrências de furtos de equipamento (sobretudo eletrônicos) ocorridos nos prédios da Universidade". O problema se agrava, diz o Procurador, pois a Ufesm não parece ter a menor vontade de "punir os responsáveis pela guarda dos equipamentos". Falta de zelo e cuidados, negligência, imprudência, omissão, ausência de responsabilização, vão por aí os qualificativos.
O documento foi dirigido ao Magnífico Reitor, sugerindo que sejam tomadas "medidas preventivas".
Dizia o Mário de Andrade: muita saúva e pouca saúde, os males do Brasil são.
Entender os males da Universidade pública brasileira não é coisa para amadores, ouço o Mestre Guina.
Vamos convir que faz muito tempo que os reitores tratam mesmo é de fazer campanha para se eleger, compondo com grupos de pessoas sem a menor afinação de idéias e levando adiante arremedos de políticas. Um reitor que pensou em defender o que ele achava ser o interesse genuíno da Ufesm foi declarado persona non grata por todo mundo, inclusive pelo sindicato.
Política de pessoal? Piada tem hora.
Faz pouco, alguns professores foram defenestrados por denúncias públicas. O que faz a instituição além de ficar na moita? Desde o dia 6 de novembro, alguém me mostra um gesto da Ufesm em torno do assunto?
Não contam aqui, por óbvio, as colheiradas de chá amargo servidas em entrevistas às potentes emissoras locais.
A foto acima ilustra o equi8pamento que tem sido mais usado nos últimos anos pela otoridades universitárias para acertar os próprios pés.
O Timóteo puxa a lista mas ela vem até aos pampas.

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