sábado, março 1


As raposas são animais desprovidos de entendimento discursivo, mas completamente providas de DNA, aquelas estruturas biológicas que o Watson e o Crick anunciaram em 1953, quando eu morava no interior do interior do Cacequi, perto da Capela do Saicã. O DNA é um tipo de matéria prima que transmite as características de cada espécie de uma geração para a outra. Até taturana tem isso.
As raposas são desprovidas de entendimento discursivo mas dão mostras de entender algumas coisas. Se as criaturas providas de entendimento discursivo e polegar opositor lhes oferecem alimento diariamente, sem a presença de cachorros por perto, elas costumam vir todos os dias, para pegar algum. Se o alimento não for oferecido espontaneamente, mas estiver dando sopa, sem vigilância, elas também pegam.
Há raposas em abundância na região de Solis de Mataojos.
Essa aí, de corte tradicional, vinha todos os dias buscar o seu. Ao meio dia, abusada, sentava numa sombra, sete ou oito metros longe, e ficava esperando.
Tem muitas outras, como dizem por lá, sorros. Poucos são mansos, como corresponde.

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