Afundações
A pergunta feita pelo jornal do sindicato (Março, 2008) foi: "a extinção das fundações de apoio é positiva para as universidades?"
Me lembrei daqueles exemplos que a gente estuda em lógica informal, sobre perguntas capciosas, indutoras, do tipo "você já parou de bater na sua mulher?"
A Profa. Maristela disse sim, orientando-se pela posição atacadista do Andes, "tomada de posição de projeto de Universidade e de projeto de nação". Ok, entendo, também sou a favor de comer mingau quente pela beirada do prato. Mas o varejão, como fica?
Já o Prof. Koff, em defesa do não, subiu nas tamancas de Maquiavel para invocar uma atitude realista, acabou se queixando daqueles que se aproveitam da crise para bater no cachorro fraco.
O legal é que a conversa continua.
Lembro-me do entusiasmo dos que fundaram a Fatec, numa salinha do Cetê, Benetti entre eles. Eles nunca imaginaram isso que aconteceu. Por outro lado, no movimento docente, o que foi que fizemos, de concreto, para mudar o modelo jurídico das universidades? Esperar por uma mudança no projeto de nação? O que seria isso? Acho boa essa pressão pela transparência, por exemplo. Mas vale perguntar: quem reclamou um ai quando o projeto do Detran não passou pelo conselho universitário? Quem reclamou um ai quando o ex-reitor implementou seu estilo trator, simbolizado ao presidir a reunião que o elegeu?
2008 vai começar amanhã. E não vai terminar muito cedo.
Um comentário:
Ronái meu caro, como vais?
Como 2008 vai começar amanhã e como faltam só 36 minutos no meu relógio, deixe eu postar algo aqui antes que anoiteça.
Estou ouvindo "The Cranberries", uma musica bonita de se ouvir, mas algo triste como a vida chamada "When You're Gone". "Cantigas de ninar bêbado" talvez seja um bom jeito de identificar este tipo de música, mas bem que funciona.
Mas o meu post é curto, só para dizer que vou ter de deixar o tal picolé de limão para um outro dia, pois nesta sexta vou enfrentar outros compromissos de última hora. Desculpe o mal jeito. Já resenhei o Reparação e ainda tenho um Amós Oz, um Goya e um Kaváfis para resenhar. Com alguma arte consigo.
Putabraço para ti.
Guina
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