segunda-feira, fevereiro 11

A síndrome da girafa


Girafas desafiam o argumento do desígnio, se poderia pensar. Dormem de pé, para beber água é o maior trabalho. Dependem de ramos saborosos na parte de cima das árvores. Desprovidas de entendimento discursivo, salvo melhor juízo, olham tudo por cima. Eu não sei se elas escutaram o programa da Gaúcha hoje, sobre o Detran. Se escutaram, não adiantou nada, pois são desprovidas de entendimento discursivo e de polegar opositor. Os deputados querem saber se dá para diminuir o custo das carteiras, se há reprovações em excesso nos exames de motorista.
Eu não entendo nada disso, nem de girafas, nem de exames de motorista.
Por mim não deixaria as girafas livres, porque elas morreriam em poucos dias.
Por mim reprovaria mais ainda mais motoristas, porque os que andam por aí são um vexame. A gente pára na faixa branca para o pedestre passar e o idiota que está atrás periga buzinar.
Os deputados são providos de entendimento discursivo, smj.
Mas, como perguntava o programa de hoje, vamos ver se eles tem algo roxo para sair atrás dos graúdos.
Graúdo, aqui, leia-se gente que tem banquinho de espera em tribunais e câmaras e assembléias e outros refrigérios públicos.
Apertar bagrinho? Eu não quero que duvidem que os deputados sejam providos de entendimento discursivo. Para isso terão que ir além dessa síndrome da girafa que ronda as cepeís pelo Zilbra afora: dar uma olhada por cima e tirar uma casquinha.
Vou voltar a ler Santo Tomás de Aquino.
Me esperem.

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