quinta-feira, fevereiro 21

Carros e surpresas


"Cachila", dizem no Uruguai, para os automóveis antigos. Esse Dogde Limusine está dentro de um galpão na beira da estrada entre Minas e Solis de Mataojos, próximo da estrada que leva ao camping de Águas Claras e à La Poderosa, referida abaixo. O Dodge está a venda por cinco mil dólares. Tem quem compre.
Falando em carros, a ultima vez que a Ufesm se viu envolvida, em algum sentido, com escândalo de automóveis, foi no início dos anos oitenta, se lembro bem. Um pequeno grupo de professores comprou automóveis a preços de banana, e um belo dia a polícia veio e levou tudo. O constrangimento, na época, surgiu pela desculpa esfarrapada que foi apresentada para os preços baixíssimos que cada um havia pago pelas belas viaturas: eram carros recuperados por seguradoras, etc. Responderam processos.
Agora surge outro possível caso de carros na Ufesm. Diz a ZH hoje e disse o Diário ontem que "professores teriam recebido dinheiro e carros". O fato motivou, de acordo com a ZH, uma linda frase do vice-reitor da Ufesm, "cada dia é uma surpresa!" Não posso esquecer de anotá-la na minha caderneta.
Dezenas de professores andam todos os dias em automóveis comprados com o dinheiro de projetos. O caso motivou uma recente decisão do Consu, a Resolução N. 016/07, que "disciplina o uso de veículos automotores de transporte rodoviário adquiridos com recursos de projetos, convênios e/ou contratos na Universidade Federal de Santa Maria e revoga a Resolução N.002/2007." Parece que uma das discussões mais importantes ocorreu em torno da obrigatoriedade ou não de usar um sinal identificador do tipo "uso exclusivo em serviço".
Alguns professores ganharam (e ainda ganham) bolsas por meio da Fatec. O que se dizia é que algumas delas não exigiam do ganhador pouco mais do que algumas assinaturas. Eram algo parecido a laranjas. Eu tive o depoimento de uma servidora da Ufesm que agradeceu o convite para receber uma bolsa, a troco de uma assinatura mensal e olho distraído.
Outras bolsa são quentes e demandam trabalho real.
Onde está o joio, onde está o trigo, o policial que deixou escapar essas notícias não ajudou muito a saber.
PS: um leitor escreveu lembrando essa história dos carros baratos; segundo ele, um dos intermediários era funcionário da casa. Obrigado!

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