Sobre Stedile, as postagens, etc.
Tem gente que prefere perder o amigo a perder a piada. Eu, que gosto muito da Wrana, mulher de muita força e coragem, que defende com muita garra a universidade, fiquei pê da cara com essa piada, em especial porque foi contada na frente dela, que não merece ouvir isso. Na frente dela e na frente de centenas de professores, pois se tratava de um encontro de professores. Eu acho que o emessetê pode e deve ser visto como, em parte, eu disse, em parte, uma expressao compreensível dessa horrorosa estrutura social do Brasil. Quero dizer com isso que seria meio maluco e triste se não houvesse nenhum berreiro nesse lado de nossa sociedade, com esse indice de Gini que temos e que só piora. O que entristece é a apropriação disso por pretensos intelectuais de engenharia social, como o Stedile, na medida em que empulham com um discurso ambíguo - de um lado falam mal da academia, de outro, sem reconhecer isso, dão a entender que essa conversa sobre socialismo é bem fundada, com bases "científicas", rumos da sociedade futura, etc. O Stedile, por vezes me inclino a pensar assim, visto como sintoma, é compreensível, mas pouco mais, na medida em que faz uso descarado de estratégias de "manobrar" o discurso sobre socialismo e outras esperanças científicamente administradas. Esse negócio sobre a invasão da universidade me foi contado por um progrado da atual administração: a ufesm somente não teria sido invadida na época , isso quer dizer, poucas semanas atrás, porque o plano teria vazado e a segurança foi reforçada.
Sobre as postagens anônimas eu não permito nem despermito nada: o santo google é quem decide como funciona o template do blogue. Eu mesmo acho que o espírito da coisa não tem nada ver com anonimato. Se pode escolher uma máscara, brincar de personagem? Um pseudônimo? Isso eu entendo. Mas pseudo-anônimo? Isso é mais difícil de entender. Em todo caso, desde domingo, estou em fase de intensa aprendizagem de tanta coisa que por ora apenas digo isso, acho que anonimato é um lugar onde a gente se perde. Se isso é bom ou ruim? Depende só da gente, no mais das vezes.
4 comentários:
Não sei qual piada se originou de qual, ou é apenas uma coinciência o roteiro em comum das duas. É a seguinte:
Sujeito vinha na sua Hilux XP 6.9 -(sei lá que predicado mais forte podemos dar pra Hilux), numa daquelas lindas vias de Brasília, que dá, eu acho, na asa do avião. De repente, tocou pro acostamento e parou de sopetão.
Ia um caipira conduzindo uma quantidade boa de animais.
O homem extraiu-se de dentro dos fumês do caminhonetão, de pé na porta, sem mais, gritou pro caipira:
"Ê meu amigo, se eu adivinhar quantos terneiros tem ao todo aí você me dá metade?"
Diz o caipira: Pois dou, sim senhor!
Pois são 243 bicho.
Caipira: Ô xente, num é que o sinhô acertô na tampa!
Diz o ricaço: Pois então, posso levar a metade que é minha?
Caipira: Já que o sinhô acertô o número dos bicho, se eu acertá o que o sinhô faiz aqui em Brasía, o sinhô me adervorve os meus bicho?
O ricaço: Tudo bem! O que é que eu faço aqui em Brasília?
O caipira: O sinhô é burocrata.
O ricaço: Como é que você acertou?
O caipira: É simpres: o sinhô acertô a quantidade na tampa, mas o que eu tô levando são cabras.
Coincidência que me referi entre a piada do Stedile e esta.
Essa piada fez parte do auge das consultorias , via Banco Mundial. Fazia uma ironia das competências e status que os consultores se imbuiam.
O anonimato faz parte da sociedade de massa. A comunicação virtual é também pura expressão do não sujeito. Que importa ser joão ou José! Em que distância estamos da Pólis!?
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