sábado, maio 6

Jornalismo local

Acrescentei nos links ao lado a ponte para a página de jornalismo da Unifra. O sítio é bem bom, coordenado pela Rosana Zucollo. Vale a visita. Coloquei também um laço com a página de Monica Herrera, do país hermano ao sul, aluna do mestrado em filosofia do prédio 74 e dona de um belo texto.

6 comentários:

Anônimo disse...

Você disse, Gisele: “Como será que Olavo pensa numa possível "tomada de consciência" da multidão?
Olavo disse, ao final do texto: “Por enquanto, a multidão ainda não atinou com a unidade estratégica por trás de mutações catastróficas de escala global que aparecem na mídia idiota como frutos espontâneos da metafísica do progresso. Aos poucos, a identidade dos agentes por trás do processo vai aparecendo e, no fim, como anuncia a Bíblia, “sua loucura se tornará visível aos olhos de todos”.
Arrisco, Gisele, dizer-lhe que a loucura tornar-se visível aos olhos de todos (muito embora ela nunca deixou de mostrar-se aos olhos de todos, nunca) significa um nível de suplício geopolítico em grau maior do que o que se apresenta hoje para nós.
Arrisco, também, a considerar que ele (OC) não tocou em “consciência”. “Atinar” e ter algo posto “visível” aos nossos olhos, não implica consciência.
Você acredita que possamos de fato ter alguma consciência a despeito de já“atinarmos” ou ter “visível” ante nossos olhos a degeneração, por exemplo, da família, da educação, da escola, do conhecimento, dos valores humanos mais sagrados?
Sinceramente. Eu creio que até aonde chegamos, o ponto que nos encontramos hoje, precisamente, nós apenas “atinamos” e “vemos” o que está posto, mas não temos consciência.
Se tivéssemos, verdadeiramente, consciência, nós daríamos um basta numa série de situações absurdas que grassam livremente debaixo dos nossos narizes.

Anônimo disse...

Tomei "atinar" como consciência nesse sentido, de tender a atenção para uma coisa.
Tb queria saber desse "nós" (do "até aonde chegamos"): porque ele não é muito homogêneo, eu estava pensando ma "massa" que não é de pessoas que possuem as mesmas condições de "atinar" para as coisas. O que vc acha?

Anônimo disse...

Ah!
As informações do texto de Carvalho são todas confiáveis?
Quer dizer, aquela do petróleo no Colorado, por exemplo, que coisa, não?

Anônimo disse...

Acredito que seja um grave vício esse meu de usar "nós" a torto e a direito. Você acusou o defeito, ratificando o que uma amiga minha já havia condenado também. Talvez a minha persistência sobre o uso do "Nós" deve-se ao fato que não consigo excetuar coisas que possam ocorrer a outrem que não estejam em potencial dentro de todos nós. Isto conclama a uma certa indistinção cultural e intelectual dos viventes. Ou seja, não importa a região cultural, social, intelectual e espiritual em que nos encontremos; há uma "substancialidade" comum a todos. Talvez eu valorize sobremaneira o "que é comum" e minimamente o "diferente" ou "desigual".
Quanto às informações serem confiáveis, bem, são passíveis de serem checadas. Particularmente, não acredito que OC, morando nos EUA há quase dois anos, superinformado como é, não estaria se expondo a fornecer inverdades, sob pena de todos os seus arquiinimigos, de que já se falou, baixarem o pau nele.
OC não é um leitor fiel a jornais do tipo NYT. Esta imprensa indecente e promíscua que tá aí liderando e mandando ver sobre nossas inocentes cabecinhas, sobretudo no Brasil, não fornece o melhor da informação.
O que devemos (agora sim, "nós", como estudantes/pesquisadores nos campos da filosofia) ter muito claro é lidarmos com a "informação" mais precisa possível. Se vamos tratar de ética, por exemplo, no campo da genomia, precisamos, em primeiro lugar, saber tanto quanto o cientista dessa área sabe, para só então podermos desenhar contornos teóricos de uma ética sobre as práticas científicas neste âmbito.
Não sei se como estudiosos da filosofia estamos dando a devida atenção à importância da informação precisa sobre eventos em geral.
Não te parece que os departamentos de filosofia em geral, não só no Brasil, têm atuado mais como centros de "necropsia"? Somos especialistas em autores que já morreram, em idéias, muitas delas, que já estão vencidas em definitivo ou a espera de revalidação; o historicismo, a própria hermenêutica não deixam de nos pôr longe dos fatos, da ação imediata, do cuidado com a informação da ordem do dia. Veja, Gisele, são questões que "pipocam", incomodam. Diga você, sou todo ouvidos.

Anônimo disse...

Bem, direi apenas que não vejo mal algum em sermos especialistam em obras de falecidos, afinal de contas devemos saber contextualizar (por exemplo, lembro de ter ouvido uyma crítica: Mas Kant é um pensador anterior à revolução industrial!" sim, e por isso não podemos aprender nada com seu trabalho?), aproveitar o que se pode aproveitar e não desdenhar a obra de um autor só porque ele não mais vive entre nós, como nós. Parece até insano pensar assim (um dia estará morto também Olavo). A Simone mesmo, n'O Enraizamento, fala do "destino eterno do ser humano" - ainda estou apenas começando a leitura, mas parece que consigo intuir minimamente do que está falando - e se vamos descartar quam não mais vive, não podemos considerar este eterno.
Depois: a ação direta, imediata, não me parece ser tarefa principal do trabalho filosófico. "Trata-se agora de transformá-lo [o mundo]", a famosa 11° tese sobre Feuerbach de Marx, não concede a responsabilidade aos filósofos (obrigada professor Róbson) - o que não nos isenta da possibilidade de fazê-lo. Possibilidade, não necessidade.
O que pipocou em outros tempos pode repipocar?
Ah!
Há mais um comentário no post sobre Santiago e os Eucaliptos (de Monica)

Anônimo disse...

Não se trata de negligenciar os finados filósofos e suas idéias talentosas. Trata-se de não descuidarmos do MOMENTO, o grande e inadiável MOMENTO que pede pela nossa presença integral. Estamos ausentes nos maiores momentos do MOMENTO.
O que atestaremos no futuro próximo do nosso presente distante se estivemos tão enterrados no passado longínquo.
Façamos um exercício de imaginação. Como exerceriam a filosofia hoje em dia homens como Platão, Aristóteles, Spinoza, Leibniz, Pascal, Bacon?
Tentemos imaginá-los atuando. O que vocês acham?