terça-feira, setembro 5

Servidão Voluntária

O "Discurso da Servidão Voluntária" é um dos textos mais enigmáticos da Filosofia Política. Foi escrito por um rapaz de 19 anos, chamado Etienne de La Boétie, que entregou os manuscritos para um tal de ... Monsieur Montaigne! Desse original foram feitas algumas cópias, entregues a amigos de Montaigne, e assim surgiram algumas edições, por volta de 1577 e 1578. O monstro conceitual, imaginem uma servidão ... voluntária!
O Miguel Abensour atacou de francês (boa tradução simultânea), mas baixou a cabeça e deitou a ler um manuscrito de umas trinta páginas, sem parar para respirar. No intermezzo atacou com a (possível) interpretação de Hegel para esse enigma da Filosofia Política.
Foi um tijolaço no início da noite.
No final da tarde, fiquei sabendo que o diretório acadêmico da Filosofia da UFSM, no novel prédio 74, fechou as portas.
Fechou as portas.
Não apareceu uma unica chapa para assumir o mandato. Em protesto, os atuais entregaram as chaves. Fizeram bem, eu acho.
Quem é que pensou que o tema do ciclo, "Esquecimento da Política", tem a ver com os corredores do Planalto Central?
Tá ali, no corredor do prédio 74, no micro-espaço do Curso de Filosofia, a prova do que disse o Francis Wolff ontem.
Que foi ouvida apenas por um aluno do curso, morador da casa que foi conferir o ciclo ontem.
Esqueceram o diretório, esqueceram as palestras.
Quem diria. O tempora!
Por hoje, como diria o gaucho, "tô tapado de nojo". Amanhã conto sobre o Giges.

2 comentários:

Anônimo disse...

Ronai!
Que notícia triste sobre o DA.
Mas não é de se estranhar coisa desse tipo, a apatia dos estudantes do nosso curso é uma característica infeliz, mas presente desde há muito. Eu, que nunca fiz parte oficialmente de chapas, sempre peleei com a gurizada para que nos movimentássemos, mas era a chatinha da turma, claro. Penso que a política (micro, nesse caso) está condenada, não porque não há chapas para o diretório, mas porque não há movimento em parte alguma (estou pensando no Práxis, que sempre foi desprezado pelos estudantes deste curso, por exemplo). Só que o desprezo acaba virando contra o desprezador, ou seja, não há do reclamar se ninguám faz nada, não?
Aproveito para dizer que não fui assistir nenhuma das palestras por total falta de compatibilidade de horários (tenho 12 turmas agora!), o que também me deixa triste.
Bem, parece que hoje predomina a paixão triste, mas sigo, porque uma hora a coisa deve mudar. Eu acredito que pode, e tento fazer algo para que se transforme a situação.
Abração!

Anônimo disse...

Eu quero deixar aqui os links de dois sites importantes:
o primeiro é o do "Observatório da imprensa":
http://observatorio.ultimosegundo.ig.com.br/
E o outro, do Observatório Brasileiro de Mídia:
http://www.observatoriodemidia.org.br/
Abração!