Uma linha?
Sigo adiante, pelo amor à conversa, com a postagem de pé-de-post de "Dom Sullivan".
"Apenas uma linha de um livro escolar no futuro, dando conta de como um projeto tacanho de poder e um anão mental seduziram uma maioria semi-letrada e ignorante de eleitores brasileiros."
Não discordo que o projeto de poder dos que foram aparentemente defenestrados, seja tacanho, dentro de certos critérios:
do Dilúvio ao Genuíno, há uma semelhante extração político-social, com variantes: partidão, arrivismo político, carteiras de trabalho cheias de cecês, etc. Por outro lado, as iniciais do "anão mental" ornamentavam, nos idos de oitenta, quatro entre dez automóveis no campus da Ufesm e em outros campus quetais do Zilbra. Assim, acho que será preciso mais que uma linha para explicar como ocorreu esta sedução. Tá bom, indo adiante com a ironia - esse tema das condições de possibilidade da sedução política dá muita manga pro meu pouco pano, mas se a gente quer entender o que está ocorrendo - a possibilidade de não haver um segundo turno, por exemplo -, e estamos usando categorias aparentemente racionais para entender o causo, acho que não é legal apelar para a idéia de semi-letramento e ignorância.
Ignoram umas coisas, levam em conta outras.
Meu voto no domingo será para que exista um segundo turno.
O que estamos vendo com os olhos que a terra há de comer um dia vai nos dar muito mais trabalho para entender se a gente tiver um olhar condescendente para aqueles a que chamamos de "maioria". Eu acho.
Quero voltar depois a esse ponto importante do "projeto de poder".
Hoje me lembrei, com alguma nostalgia, de alguns antigos alunos, A.A., com quem tive boas conversas, muitos anos atrás, sobre tais projetos.