quarta-feira, fevereiro 22

Consu

Na única reunião do Conselho Universitário que fui neste nano mandato, vi coisas interessantes. Os estudantes haviam pedido vistas de um processo sobre a Fundação de Apoio, que continha o relatório de atividades do ano base de 2004. Pediram que fosse feita uma auditoria pública nas contas. Deu para ver que tem muita coisa para ser conversada sobre como anda funcionando a Fundação. O presidente da sessão chegou a dizer, na fala inicial, que "concorda com os fatos levantados pela bancada estudantil". Os "fatos", por certo, não são muito claros, mas no caso tinham a ver com as atividades vinculadas ao Detran, que funciona dentro da Universidade. Problemas de natureza conceitual, pelo que me pareceu; os estudantes queriam ter mais clareza sobre as relações didático-pedagógicas do Detran com a Universidade.
Outro conselheiro, que é Diretor de um importante centro, reconheceu que o "assunto é polêmico" (não especificou qual), e que "não compartilho com muitas coisas que ali existem". Um outro Diretor disse que existem problemas pontuais, que talvez fosse o caso de "auditoria num determinado projeto". Puxa e afrouxa, as contas de 2004 foram homologadas. 2004, veja bem.
Dias depois, conversando com outro membro da fundação, me assustei um pouco mais. Ele me deu a entender que existe um Conselho Diretor, que se relaciona com uma Secretaria Executiva. Nem sombra haveria de um Conselho Fiscal.
Se é assim, eu fiquei me perguntando, "que tal?".
O conselheiro me falou também sobre polêmicas sobre como interpretar regras de leasing. Como se sabe, o leasing gera uma posse temporária, digamos assim, de um bem, por um período xis (um aluguel, de certa forma), findo o qual o contratante pode optar por pagar o valor residual e ficar com o bem ou devolver o dito. A polêmica seria sobre os direitos gerados pelo pagamento do valor residual, se esse pagamento fosse feito depois de cessado um projeto qualquer. O conselheiro parecia preocupado, e eu lamentei entender pouco de santeria e zero de leasing.
Bom, gestão nova, vassoura nova. A esperar.

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