Afundação da Universidade
Se o calçadão da Bozzano tivesse pedras, até elas teriam ouvido falar coisas escabrosas sobre um certo projeto da Afundação. O mal afamado projeto foi administrado de forma a provocar grandes buracos na falta de previsão orçamentária da mesma. Na quarta-feira passada, o Conselho Superior da Afundação reuniu-se para aprovar as contas de 2005. Tudo estava nos conformes, aparentemente, mas em nome do decoro as contas do tal projeto ficaram para outro dia, pois para ele foi contratada uma auditoria.
Eia sus, oh sus! Fica a curiosidade: como foi possível que tais despautérios passassem no meio dos fios das barbas dos mais experientes profetas? A gente fica na torcida para ver a qual será a aprendizagem institucional resultante do episódio.
Acho que vou fazer vestibular para Contabilidade e tentar uma vaga na bancada estudantil no Consu, para ajudar a pedir vistas nestas contas e auditorias.
2 comentários:
Prezados Aguinaldo e professor Ronai, convido-os a visitarem (novamente) "Santerias". Grato.
Caro Ronái, como vais?
Lá na quinta cena do primeiro ato do Hamlet o fantasma diz imediatamente antes do cobrar um juramento: "Adieu, adieu, Hamlet. Remember me." (na versão cinematográfica de Laurence Olivier a névoa vai fazendo desaparecer lentamente o fantasma enquanto Hamlet fica ainda tentando fazê-lo falar mais). Há certos fantasmas deste mundo que têm minha estima e consideração, inclusive pelo fato da minha inesgotável curiosidade sempre sugerir que eles têm sim a chance de falar mais, principalmente sobre contas e detalhes das afundações da vida. Todavia nem sempre cinco atos são suficientes para um bom drama, legítimo e santamariense, como este nosso. Bom carnaval meu caro Ronái. Bom carnaval meu caro fantasma. Abraços do velho e cansado Aguinaldo.
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