Metodologia severina
Antonio Joaquim Severino referendou as posições de Silvio Gallo. É preciso superar as posições idealizadas sobre o papel da filosofia, da educação e da escola; não podemos esperar delas mais do que podem dar, como se ouve por aí nos diversos salvacionismos invocados para solucionar os problemas da humanidade; a filosofia não pode ser confundida com messianismo ou chave universal. Ela deve estabelecer uma parceria com as demais disciplinas escolares, em espírito inter e multidisciplinar; o professor de filosofia deve conviver com a prática efetiva das demais disciplinas, conhecer seus conteúdos, acompanhá-los. A Filosofia, mais do que um acervo de habilidades ou de erudição, deve representar, no currículo, uma possibilidade de amadurecimento da experiência conceitual do educando. Nesse sentido Severino acompanhou as posições de João Carlos Salles Pires.
Os debates foram razoáveis; faltou tempo, pois a sessão começou muito tarde. Houve de tudo um pouco; as críticas a Deleuze e a essa idéia de "criação" de conceitos (que de resto havia sido amenizada por Gallo que falou, em certo momento, em "recriação" de conceitos; os projetos pedagógicos das escolas são documentos apenas formais, que nada refletem de um planejamento conjunto, coisa que se deve buscar; esse tema foi objeto da fala da presidente da Anfope, profa. Helena, que não deixou de lembrar as dificuldades e impasses na formação de professores.
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