Afundações
Na Folha de domingo, dia 6, Maria Sylvia de Carvalho Franco critica a interferência do governo estadual de São Paulo na gestão das políticas de ensino superior. Lá pelas tantas ela escreve que "via fundações, as universidades públicas privatizam-se, mediante convênios, suplementos salariais e cursos pagos. Para bem ou mal, todo o complexo até agora esteve sob asas acadêmicas. Não mais. Atentem para esse detalhe, os adeptos do modelo."
Como se sabe, aqui na Ufesm a gente convive com esse modelo, que começou mais para bem. Não conheço muito, posso falar pouco; lendo a Sylvia lembrei de ter lido ou ouvido algo que o Detran do RS teria rompido o convênio firmado com a Fatec, por volta de 2004. É dinheiro grosso, na época os jornais disseram que entraria por mês um milhão e meio de reais na Fatec. Leia matéria do Diário de Santa Maria, do dia 23 de julho de 2004: "A Fatec recebe cerca de R$ 1,5 milhão por mês do Detran, que encaminha à fundação parte do que é arrecadado nos centros de formação de condutores (as antigas auto-escolas). Parte desse montante - 7,5 % - vai para a universidade, que recebe, em média, R$ 100 mil mensais." De google em google descobri, se entendi bem, que agora a conveniada é a Fundae, daqui de Santa Maria também.
Pobre Maria Sylvia, da missa sabe quanto?
Se ela soubesse o frio que faz por aqui não se queixaria tanto.
Um comentário:
É isto um governo socialista? Está dado o primeiro passo para a privatização das universidades.
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