Filosofia na mídia. Filosofia?
A revista Carta Capital e a Veja desta semana abrem espaço para resenhas de livros de, digamos, filosofia. Ou seriam livros a pretexto da filosofia? Na Carta Capital a matéria, boa, tem como título “Pobre Platão”, e fala sobre os “descaminhos do ‘aconselhamento filosófico’ e da vulgarização da filosofia”. O desencaminhador da hora é um tal de Lou Marinoff, autor de livros como “Mais Platão, menos Prozac” e “Pergunte a Platão”. A revista ainda comenta, com mais piedade, mais um livro de Alain de Botton a ser lançado nos próximos dias aqui no Brasil, “Desejo de Status”, pela Rocco. A Veja dedica duas páginas exatamente a esse livro. Allain de Botton já tem dois livros publicados no Brasil, “As Consolações da Filosofia” e “Como Proust pode mudar sua vida”. A Carta Capital ainda traz, na mesma edição, uma entrevista com Michel Onfray, autor do “Tratado de Ateologia”, uma defesa do ateísmo e uma denúncia do “papel devastador das religiões na história da humanidade”. Ele foi entrevistado, semanas atrás, nas páginas amarelas da Veja, se lembro bem. Mais: o Sócrates (não o filósofo, e sim o jogador de futebol) escreve sobre Sartre, na mesma edição da Carta Capital, a propósito dos 100 anos que Sartre completaria no dia 21 de junho pp. Na Folha de S. Paulo de domingo o destaque ficou por conta do José Arthur Giannotti, que volta a abordar o malfadado assunto da ética na política. Giannotti até que pegou leve, lembrando-se o quanto foi espancado quando ousou dizer, no tempo do FHC, que esse tema era mais complicado do que pensavam os petistas.
A notícia boa, do ponto de vista editorial, mas que passou até agora em brancas nuvens, é a publicação do livro de Colin McGinn, “A Construção de um Filósofo”, pela Record. A Cesma já encomendou, e voltarei a ele num próximo post. McGinn é o cara do mistério da consciência.
Um comentário:
o q dizer sobre a participação da professora e filósofa Márcia Tiburi, no Saia Justa/GNT, ao lado de Luana Piovani?
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