segunda-feira, dezembro 10

Pimenta e colírio

A culpa é da UFSM, me relataram os que ouviram o deputado Pimenta hoje, no jornal da tevê. Teria sido esse o tom das declarações do deputado. Na falta da tevê, li a nota, na coluna claudemirpereira.com.br; estaria eu lendo mal? O Claudemir me deu a impressão de ser mais um a comprar o boi pelo dinheiro pedido. Agora tudo é culpa da Ufesm. A emenda do deputado veio a cair na mão dos correligionários do cujo e a culpa é da Ufesm?
Ou seria da "quadrilha" a que o deputado se refere? Se é da quadrilha, o círculo formado pelas ações que começam com o deputado cedendo aos nobres apelos do ex-reitor é como a cobra do Paul Valery, que come o próprio rabo e se queixa do gosto de serpente que sente. A cena é comovente: um ex-reitor apela aos nobres sentimentos do deputado para fazer emendas. O nobre deputado fica sem saber o uso de suas emendas, snif, snif.
E o soneto, como fica? A instituição, o Conselho Universitário, quando vão se manifestar?
Se tem quadrilha, tem chefe. O chefe da "quadrilha" vai cair sozinho?
O MP quer as notas fiscais e o demonstrativo de pagamentos. É tão difícil isso? Não acho.
Vem bomba.

3 comentários:

Aguinaldo Medici Severino disse...

A culpa é do mordomo!
Então tá.
Se a ufesm não se cuidar vai acabar mal nesta história.
Boa semana meu caro.

www.claudemirpereira.com.br disse...

Olá, Ronai. Não tive a pretensão de comprar nada. Mas posso ter dado essa impressão. Em todo caso, embora entenda que a UFSM não tem culpa na história, o mesmo não posso dizer (nem desdizer) de gente "da UFSM". Ou estarei sendo ingênuo? (se bem que não temos mais idade para isso, não?). Abraço, Claudemir (e continue me lendo, tanto quanto eu a ti)

Ronai Rocha disse...

Caro Claudemir, vale a distinção que propões, sobre ser "da Ufsm". Quanto ao "comprar ou não", que pode ter sido injusto de minha parte, acrescento o seguinte: Claudemir Pereira faz parte hoje de um seleto grupo de profissionais que podemos e devemos chamar de jornalistas em Santa Maria. Dito isto, destes jornalistas, nós, leitores, pedimos sempre mais. Por vezes, podemos exagerar. No caso da notícia, ninguém na cidade deu uma linha, torta que fosse, para o fato do deputado usar a expressão "quadrilha". Não seria o caso de alguém perguntar ao deputado a quem, precisamente, ele se referia, ao falar em "quadrilha"?
Um abraço em paz. Me desculpa se exagerei, mas foi pelo alto apreço que tenho por ti.