O som e a fúria
Na quarta-feira, 6, por volta do meio-dia, um carro de som foi estacionado nas imedições da Afatec e um grupo de estudantes se revezou ao microfone, até por volta de três horas da tarde gritando palavras de ordem contra o que eles caracterizam como a contribuição da cuja para a "privatização da Ufesm". Alguns postes atrás transcrevi um panfleto no qual eles colocavam a afundação na alça de mira do movimento estudantil, falando em "corrupção".
Não entendo muito desses assuntos, mas parece que a coisa funciona mais ou menos assim: o projeto "x" é aprovado pelo financiador, o dinheiro vem para a Ufesm, entra na conta da Afatec e o trabalho começa. O executor do projeto, um professor da Ufesm, começa a tocar o barco; vai na empresa ou na loja que tem uma coisa que ele precisa e simplesmente a adquire ou contrata; a firma tira a nota, em nome da cujatec e passa na boca do caixa para receber. A atenção plena do executor parece ser a coluna vertebral da coisa; se ele se distrai, pode sair uma nota mal preenchida ou um serviço mal-executado.
Dizem que em Boca do Monte fechada não entra mosquito.
Entrou. Até os dormentes dos trilhos da Boca do Monte estão cansados das histórias de notas fiscais certificadas na base do olho grosso e úmido.
Vai longe esse tema, pelo jeito.
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