sábado, junho 2

Afasta de mim esse vinho!

Não foi longe, como eu pensava. O Conselho Universitário cedeu à pressão dos ocupantes da Reitoria e retirou de pauta o processo que previa a venda do antigo hospital. Acabou uma função mas parece que outra está recém começando. A gurizada ocupante da Reitoria pedia, entre as reivindicações, que a Fatec fosse investigada (veja post abaixo). Deviam ter alguma informação privilegiada. O Diário da Boca do Monte de hoje dedicou duas páginas para as relações entre a Ufesm e sua dileta afundação, a Afatec. O título da matéria é esse: "Ministério Público investiga contas da Ufesm". A preocupação do Ministério Público é com o fato que o INEP contratou os serviços da Ufesm (do Cepedê), pagou 4,3 milhões para a criação de um software e desse troquinho 2,3 foram gastos em coisas que aparentemente não tem relação com o objeto do contrato, como pacotes turísticos para Sergipe, garrafas de vinho e carne para churrasco. Entrevistado pelo Diário, o ex-reitor da Ufesm garante que não bebeu uma gota de vinho. "Posso garantir que não bebi nenhuma gota de vinho".
Há quem garanta mais.
Que isso é só a pontinha do iceberg. Nesses tempos de aquecimento global o vinho está esquentando. O Ministério Público estaria de olho em outras facilidades que as administrações superiores criaram por meio da afundação, sem falar em outras prestações de contas entaladas no Tribunal de Contas.
Eu disse "dileta" acima, porque agora cresce a olhos vistos a outra afundação, que atende pelo nome de Afundae, para onde estão migrando recursos e nomes poderosos da cidade e da Ufesm. De modesta padaria, a Afundae está virando um supermercado.
Depois do affaire das antenas, o Diário da Boca achou, como a gurizada dizia antigamente, uma moca de notícias.
Mas felizmente, como diz um dos entrevistados, "nem tudo que parece, é."

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