terça-feira, abril 17

Rejane Ramborger


"É com profundo pesar que a Universidade do Oeste de Santa Catarina, Unoesc – Campus de São Miguel do Oeste, comunica o falecimento da Prof. Rejane Justen Ramborger, ocorrido às 06h desta quinta-feira (12/04), em sua residência. Segundo o laudo médico, o motivo foi parada cardiorespiratória. A professora Rejane tinha 36 anos (17/01/1971), era casada e tinha dois filhos. O corpo será velado nesta quinta-feira, das 13h às 14 horas, na Igreja Matriz São Miguel Arcanjo, em São Miguel do Oeste. Logo após, será transladado para São Luiz Gonzaga, no RS, sua cidade natal."
Por vezes é assim, um soco que nos deixa sem ar e sem fala. Foi na quinta-feira da semana passada, fiquei sabendo apenas hoje de tarde, por meio do Frank.
Rejane foi minha aluna no Curso de Filosofia. Quem a conheceu em nosso Curso pôde acompanhar uma rara trajetória de formação e de vida: sua dedicação ao curso somente perdia para o cuidado com Laurinha e Antonio. Rejane era uma ventania em busca, no início tateante e intensa, depois cada vez mais com rumo, sempre com uma gana de recuperar tempo e redefinir rumos de vida. Guardo com muito carinho e cuidado a lembrança de conversas com ela sobre crianças e filosofia e aprendizagem, nas quais, se eu procurava lhe transmitir algo, mais recebia, na forma das histórias de crianças que ela trazia e que discutíamos tardes a fio. Muito do que me motivou a estudar esses temas de ensino de filosofia saiu dessa troca com Rejane.
Ela concluiu a Licenciatura, foi em busca do Mestrado na Educação e, filhos ao lado, saiu em busca do sonho da profissão. Trabalhava na Unoesc, SC, que publicou a nota de falecimento que transcrevi acima.
Uma aluna escreveu coisas muito bonitas sobre ela em um blogue; copiei um trecho: "Uma pessoa maravilhosa, dotada de toda a bondade que uma pessoa pode ter. Alegre, espontânea e principalmente aberta a nós. Uma professora excepcional. Cada aula com ela, uma surpresa, algo inesperado. Tanto foi aprendido com ela, tanto foi vivido."
Eu gostaria de ouvir isso sobre meus alunos - que eles foram capazes de transformar uma aula em uma surprêsa - em outra situação.
Rejane era uma pessoa excepcional e deixou sua marca no mundo de muitas formas, entre as quais a forma como reinventou sua vida e, como diz a aluna, ajudava seus alunos a reinventarem as suas.
Nos vimos faz poucas semanas, quando ela veio a Santa Maria e aproveitou para dar um pulo no Campus e conversar um pouco; pediu minha ajuda para localizar um filme que queria passar para os alunos; ainda não consegui, viu?
Bruta saudade de Dona Rejane!

Um comentário:

CARLOS WEINMAN disse...

Saudadade grande amiga, Saudade!!!Carlos Weinman