"Filosofia e Sociologia no Ensino Medio a partir de 2008"
Deu na ZH de hoje, sexta-feira, treze de abril, página 46.
"A partir de 2008, a oferta das disciplinas de filosofia e sociologia no Ensino Médio será obrigatória nas escolas gaúchas. A medida foi aprovada pelo Conselho Estadual de Educacão do Rio Grande do Sul durante plenária em Santo Antônio da Patrulha."
Até 2012 vale improvisar: os bacharéis em Filosofia e Sociologia, que tenham alguma licenciatura, podem dar aulas; e os licenciados em História e Pedagogia com 120 horas de sociologia ou filosofia no currículo também estão autorizados a lecionar as disciplinas.
Mais um trecho da notícia:
"O CEED determina que, durante os três anos do Ensino Médio, sejam oferecidos dois períodos de cada disciplina distribuídos em qualquer uma das séries".
O Rio Grande do Sul tem 909 escolas estaduais de ensino médio. Destas, 530 oferecem filosofia.
O que eu penso sobre esse retorno é o seguinte: não podemos dizer que a reflexão sobre currículo escolar seja um hábito na comunidade de professores de filosofia. No mais das vezes predomina o que eu chamo de "princípio do presépio"; os professores imaginam-se como reis (magros) que comparecem ao presépio, cada um com seu presente; não faltam as boas intenções, etc. Mas falta a mínima relação entre os presentes... Um currículo não pode ser a mera justaposição de gestos individuais.
Acho que vou fazer duas coisas, lembrando o Tonico Gramsci (otimismo da vontade e pessimismo do intelecto); vou cultivar uma barbicha, para colocá-la devidamente ao molho, e traçar umas linhas sobre currículo e filosofia, sejaoquesócratesinspirar.
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