Filosofia ...
Saí da Ufesm hoje à tardinha e passei no centro, na banca 24 horas, para ver as novidades. Na porta da banca havia um enorme cartaz de divulgação de uma revista nova. Para minha surpresa, o título da revista era ... "Filosofia". Pedi um exemplar, haviam apenas dois à venda. Perguntei ao rapaz quantos exemplares ele havia vendido e quase caí para trás com a respostas: "Ela chegou na quarta-feira, cincoenta, está sobrando só uma."
Impressões iniciais: mais bem cuidada grafica e editorialmente que a "Discutindo Filosofia"; é feita por uma editora chamada "Escala", em São Paulo. Este número, o primeiro, que tem uma campanha bem apoiada pelo cartaz, e que apostou muito nas vendas - mandar cincoenta exemplares para uma banca de Santa Maria? - traz uma entrevista de oito páginas com Osvaldo Giacoia, uma matéria central intitulada "Você sabe tomar decisões?" e outras sobre eutanásia, filosofia com crianças, angústia e Heidegger, ética no trabalho.
Aí vou ver quem está no conselho editorial. É, como diria o mestre Guina, um pequeno bando: um professor da Universidade Federal do Espirito Santo, três do Centro Universitário São Camilo (?), Lucio Packter (chefe dos filósofos clínicos...) e aí vem mais um, dois, três, quatro e cinco dos packterianos. Com ele, seis ao todo. Aparentemente, a revista é porta-voz dos tais clínicos. Diz o editorial: "Não é de auto-ajuda, mas pode auxiliar bastante em seus dilemas cotidianos: assim é o projeto dessa revista". Contei doze páginas de defesa e divulgação explícita da filosofia clínica, incluindo uma invocação de Wittgenstein e do conceito de "jogo de linguagem" para fundamentar o procedimento de trabalho com o "partilhante".
Vou tentar ler o resto.
Ah! Deram ao Ghiraldelli Jr. uma coluna de duas páginas. Ele se apresenta como "O filósofo de São Paulo". Eita, como diria a Rosana.
2 comentários:
Também comprei a dita.
Confesso que fuji da matéria sobre a "filoclínica", pensando em encontrar algo que pudesse ser aproveitado para as aulas, but..
Ainda vou dar mais uma "tentiada".
ops, "fugi"!, não "fuji"..
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