Semblante e sotaque
O gauchinho passou na prova do brete, descansou da viagem, cevou vários mates e depois quis dar uma volta nas redondezas; lhe emprestaram a chave do apartamento, para poder voltar na hora que quisesse; mal acostumado com as modas paulistas, inventou de perguntar pelas outras chaves, a chave do edifício, a chave do portão de fora, como vai fazer para entrar? Ou sempre tem vivente lá na entrada? Lhe foi explicado que em São Paulo, nesses campos de Jardins e Moemas, ninguém tem direito a ter a chave do edifício onde mora; ninguém pode ter a chave do portão; e, finalmente, ninguém tem direito a ter o controle de sua própria garagem; e mais lhe explicaram: tem que mostrar o semblante e o sotaque se quiser que o porteiro lhe abra a garagem. Sabe como é, o perigo pode estar no assento do passageiro com um tresoitão no colo. "Mas o índio comprou o apartamento, é dono e tudo o mais, que barbaridade é essa que nem pode ter as chaves completas"? Pois é, mas é assim que são os costumes nesses campos das Moemas.
2 comentários:
ronai..
ainda nao conversamos sobre o vestibular mas não faltará oportunidade. estive em são paulo semana passada e vivi uma realidade tão alienante quanto essa do brete. O táxi paulista é um destino incerto. Entrei com meu computador e o motorista me alertou que até ali dentro é possvível de roubo em qualquer sinal da cidade. foi 1h de sentimentos misturados de congonhas até o hotel na paulista, deslumbre e encantamento e ao mesmo tempo temor e insegurança com tudo aquilo. parecia uma rês indo para o brete...
saudações
Estimado Ronai, Estou em busca do teu e-mail para enviar um material do colóquio UFRGS/UNISC de Filosofia que vai acontecer nos dias 12 e 13 de abril de 2007.
Mande-me, por favor, para o endereço: fwilliges@gmail.com
Abraço
Flavio
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