terça-feira, junho 21

Natureza Humana

As postagens que fiz sobre ‘entortamento pela filosofia’ me causaram um certo desconforto, por duas razões. De um lado, me pareceu que ficaram um tanto enigmáticas, carentes de maior explicitação, mas isso não cabia na hora. De outro, fiquei cavocando na memória a fonte principal de minha inspiração, já que, embora o tema exista em Cavell e Austin, em nenhum dos dois se encontra uma formulação parecida com a que usei. Agora, depois de ouvir o depoimento da secretária Fernanda Karina e do Mauricio Marinho, e tentando avaliar a forma como falaram, o tom de voz de cada um, as pausas, os volteios do olhar, o jeito do Mauricio Marinho lamber os próprios lábios, me ocorreu que deveria reler as coisas que Íris Murdoch escreve sobre a natureza humana, sobre o jeito como somos. Não deu outra: lá está, em “The sovereignty of good over other concepts”, a frase sobre as pessoas comuns, que, “unless corrupted by philosophy”... A palavra é mais forte do que a escolhi, propositadamente, “entortado”; ela diz “corrupted”. Bueno, fico por aqui, O tema volta noutra postagem; misturar esses dois tipos de corrupção seria uma tremenda injustiça para com Íris Murdoch.

3 comentários:

Anônimo disse...

Interessante a relação dos entortamentos... Fernanda & Marinho... corrupted...
o que queira mencionar mesmo é que gostei mais da 'sua' palavra, poderia postar mais sobre os 'entortados'?...

Anônimo disse...

Caro Ronai,
A Íris Murdoch nos ajuda mesmo a entender muitas coisas... Mudando (talvez nem tanto) de assunto, fiquei pensando à respeito da sua aula de Linguagem do dia 24/06, na qual foi iniciada uma brevíssima discussão acerca da existência de Deus. Interessante como esses temas mobilizam emocionalmente filósofos, não-filósofos, estudantes, ou seja: os seres humanos. Que tal a tão prometida DCG sobre Filosofia da Religião? Acho que seria bem interessante tratar dessa e de outras polêmicas num semestre...

Anônimo disse...

Concordo plenamente...