quarta-feira, agosto 30

Os intelectuais

Em 1981 comprei o recém-lançado livro de Susan Sontag, "Ensaios sobre a fotografia", que dei por perdido semanas atrás. Na verdade eu o havia emprestado, e no final de semana ele reapareceu, obrigado, Laura. Abri o livro e encontrei dentro dele um recorte de jornal, da Folha de S. Paulo, sem data anotada. Era uma crônica de Paulo Francis, no tempo em que ele assinava "de Nova York". O título é "Suzy descobre o comunismo", e trata, por certo, de Susan Sontag. Eis como começa:
"Talvez intelectuais não devessem se meter em política. São muito voláteis e é uma ilusão que cultura e inteligência qualificam alguém para dar opinião política, assunto requer experiência, safadeza e pés na terra."
Claro que Francis considera a Suzy um exemplo disso, de alguém que escreveu bons ensaios literários, mas depois, na onda de escrever sobre o Vietnã, foi se meter com marxismo e política e disse bobagens, na opinião do Francis.
Dom Bressan lembra os intelectuais que parecem esquecer.
Talvez os intelectuais não devessem se meter em política, diz o Francis. Essa, a da conjuntura, por certo. Para que me entendam, prá que deitar conversas sobre ética e política, como o tal Paulo Betti? Pois o cuera não entende de nenhuma delas e se mete. A que ponto chegamos.
Me atraquei a ler o Max Weber hoje de tarde, sobre ética e política, prá compensar.
Tudo por causa do cutuco de Dom Bressan.
E agora vou me atracar no Dom Segundo Sombra. Esse sim.

terça-feira, agosto 29

Bouvard e Pecuchet

O romance "Bouvard e Pécuchet", de Gustave Flaubert, publicado pela Nova Fronteira, em 1981 (tradução de Galeão Coutinho e Augusto Meyer) é uma obra póstuma e inacabada, e se faz acompanhar de um "Dicionário das Idéias Feitas" que é uma graça. Trata-se disso mesmo, um pequeno dicionário de idéias feitas; há ainda um "Catálogo das idéias convencionais", no qual Flaubert anotava as parvoíces encontradas nos grandes mestres. Fenelon teria escrito que "a água foi feita para sustentar esses prodigiosos edificios humanos chamados navios", por exemplo. O papa Pio IX teria escrito, em 1874, que "o ensino da filosofia faz a juventude beber o fel do dragão pela taça da Babilônia". Um tal de Benjamin Gastineau teria escrito que "na cozinha de minha alma, tudo é a fogo lento e abafado."
Bouvard e Pecuchet é a história de dois imbecis.
Tem um Flaubert nesse nosso país?
Fui procurar o verbete "Eleições" no tal dicionário das idéias feitas. Tem. Eis o que diz:
Eleições - ...

Politicos do Brasil

Postei nos linques do blogue o endereço do Fernando Rodrigues, com os dados dos políticos brasileiros. Dom Bressan, no meio da tarde, cutuca sobre o "esquecimento" dos intelectuais, em relação aos desvios e mazelas éticas do PT.
Na palestra de ontem o Renato Lessa bem que teve vontade de tocar no tema, mas fez apenas uma alusão às "escatologias" de uma certa reunião do Presidente com intelectuais. Todos os palestrantes até o momento estão se atendo às regras da palestra acadêmica, sem observações sobre a conjuntura. Sei não, o tema é duro. Viram a pesquisa Sensus CNT de hoje? Vai a 51% por cento o Presidente.

domingo, agosto 27

O esquecimento

Hoje tem Renato Lessa, falando sobre "O esquecimento desde a tradição". Ele é graduado em Ciências Sociais pela Universidade Federal Fluminense (1976) , mestrado em Ciência Política (Ciência Política e Sociologia) pela Sociedade Brasileira de Instrução - SBI/IUPERJ (1978) , doutorado em Ciência Política (Ciência Política e Sociologia) pela Sociedade Brasileira de Instrução - SBI/IUPERJ (1992) , pos-doutorado pela The American University (1994) , pos-doutorado pela Universidade de Lisboa (2004) e pos-doutorado pela Ecole des Hautes Etudes en Sciences Sociales (2005) . Atualmente é PROFESSOR TITULAR da Universidade Federal Fluminense, professor titular da Sociedade Brasileira de Instrução - SBI/IUPERJ. Apesar de todos esses títulos, eu mesmo nunca ouvi uma palestra do homem.
A partir das 18.45 da segunda-feira, dia 28, ele vai estar, de forma virtual, na sala 2323 do CCSH/Campus, no ciclo sobre Esquecimento da Política"

A miséria da política

Na manhã de sábado encontro Mestre Guina na Cesma; eu, já saindo, com uma Carmem Miranda na sacola, ele entrando com uma vasta lista de encomendas, cuidadosamente anotada durante a semana; conversa vai e vem, Mestre Guina conta da novidade: uma página disponibilizada pelo UOL sobre os políticos do Brasil, com dados pesquisados durante cinco anos pelo jornalista Fernando Rodrigues sobre deputados, senadores, governadores, etc, nas eleições de 98 e 2002. Pois o tal assunto foi um dos grandes destaques do final de semana.
Os dados pesquisados pelo Fernando Rodrigues resultaram em um livro de quase quinhentas páginas publicado pela Publifolha, com o título de "Políticos do Brasil".
Os dados obtidos pelo Fernando Rodrigues podem ser lidos a partir do endereço
www.politicosdobrasil.com.br
Fui conferir os dados do estadual Farret, em 2002: estão lá três automóveis usados, uma casa, um apartamento, uns terrenos, coisa pouca. O federal Pimenta tinha uma Hilux usadona, baratinha.
Esse Fernando Rodrigues merece uma estáuta!
Ou duas.
Uma pelo livro, que nos faz pensar no milagre ocorrido com gente que cresceu 40, 50 por cento em quatro anos, em verdadeiros milagres de multiplicação dos caraminguás que recebem.
Cito uma frase do Gaspari sobre o livro:
"... os petistas foram os que tiveram maior desenvolvimento patrimonial (84% na média)".
A outra estátua, fico pensando, por nos fazer pensar no que, afinal de contas, vem a ser um político. Alguém pode escolher para si mesmo a política como uma carreira? A política pode ser uma profissão como as demais? Ou é uma vocação a ser exercida em algum momento da vida da gente. Fiquei pensando que nossa cidade, da Boca de Monte, um dia foi considerada como um dos grandes centros de formação política do país. O movimento estudantil aqui feito nos anos oitenta era uma escola de formação, considerada uma fortaleza, uma montanha. Pariu o quê?
E depois? Existe vazio no poder?

quarta-feira, agosto 23

Chico de Oliveira e a irrelevancia da politica

Depois que Foucault tornou popular a idéia de "desinventar" o humano, veio o Chico para, num tom parecido, falar sobre a "colonização" da política pela economia, e, como consequência, o fim da sociedade. A política era pensada como uma invenção humana para arbitrar os conflitos, para lidar com as assimetrias sociais de de poder. Essas capacidades da política estariam estrebuchando nas mãos da economia.
Veja como a Folha de São Paulo de hoje resume o enredo da palestra do Chico:
"Ao contrário do que quer a vulgata marxista, disse Oliveira, é na política, e não na fábrica ou no ambiente imediato de trabalho, que se dá o conflito de classes e a possibilidade de restringir o processo natural de acumulação do mercado.
Ocorre que, com o crescimento das empresas em poder e para além dos Estados nacionais, essa arena local, em cada país, de conflitos, se tornou enfraquecida bem como os sindicatos, que não conseguem mais fazer frente às transnacionais.
"Estamos nos encaminhando para uma sociedade sem controles; salvo o único que escapa de tudo, que é o mercado", afirmou o sociólogo.
Os partidos não representam mais classes sociais, o conflito e a possibilidade de propostas alternativas não se dão, e a política gira em falso.
"Na ausência de política, o que acontece? O que estamos vendo. Uma sociedade de mônadas. Não existe mais sociedade, mas indivíduos. Nem indivíduos, mas "mônadas" sem capacidade de intervenção."
O maior exemplo recente desse esvaziamento, afirmou o sociólogo, foi o fato, celebrado por muitos, de a crise política que já dura mais de um ano não ter afetado a economia. "Se uma crise política não pode afetar a economia, para que serve a política?", perguntou." A matéria é assinada por Rafael Cariello, enviado especial da Folha ao Rio, para acompanhar o ciclo "O Esquecimento da Política".

Marilena, hoje, foi clássica e durona. Seu tema era "O que é política?". Ela abriu a palestra falando do sentido da política e da democracia na Grécia; depois, fez uma exposição sobre Foucault e o biopoder, com uma crítica relativamente tradicional ("abstrato, já que não explicita as condições materiais da produção dos corpos dóceis"; foi comparado com Lefort, em especial, sobre o mesmo tema; finalmente, Spinoza, uma aula. Para encerrar, o clássico tema do sentido da eleição e dos partidos na democracia.
O público, talvez intimidado, não queria fazer perguntas. Saiu uma só, sobre as paixões básicas em Spinoza (alegria, tristeza, desejo).
Aqui na Boca do Monte, vinte e uma pessoas na platéia.
A hora e o local não ajudam muito, reconheço.

segunda-feira, agosto 21

Ética

O primeiro dia do ciclo de conferências "O Esquecimento da Política" foi de testes. De fato, bem esquecida, apenas quatro pessoas estiveram por lá para ver o Chico de Oliveira. Até que foi bastante, para o frio e pouca divulgação que teve. O sistema funcionou razoavelmente. Em duas horas de palestra ocorreram umas oito ou dez trancadas no buffer, exigindo a recarga da página. Chato. Mas deu para assistir o Chico, reclamando da colonização da política pela economia.
A segunda palestra, na terça-feira, será com Franklin Leopoldo e Silva, professor de filosofia na USP, sobre moralidade e política, sobre a "banalidade da moral". Saiu uma bruta matéria com ele na Folha de hoje. O horário é o mesmo, 18.45 h, na Sala 2323 no prédio 74 do CCSH, no Campus da UFSM.
Na quarta, na mesma hora, tem Marilena Chauí.
Para maiores informações sobre o ciclo, clique ao lado, no linque "Cultura e Pensamento".

domingo, agosto 20

O esquecimento da política

Com a palestra de Francisco de Oliveira, "A colonização da Política", na segunda-feira, dia 21 de agosto (amanhã!), deve iniciar o ciclo de conferências intitulado "O Esquecimento da Política", às 18.45, no Rio de Janeiro.
Em Santa Maria a palestra poderá ser assistida no mesmo momento. O local da transmissão simultânea ainda não foi estabelecido. Poderá ser no auditório do CPD, ao lado da Reitoria ou na sala 2323 do Prédio 74, do CCSH. Essa indecisão e a falta de divulgação do evento deve-se a que os organizadores, em Brasília, apenas no final da tarde de sexta-feira comunicaram a UFSM da possibilidade de receber-se o sinal aqui.
O local definitivo e demais informações poderão ser obtidas junto ao Departamento de Filosofia, que será responsável pelo Ciclo de Conferências aqui na UFSM. Por essa razão, muito embora as primeiras palestras possam ocorrer junto ao CPD, a política da instituição será a de sediar no prédio do CCSH as futuras transmissões, para facilitar a vida dos estudantes de Filosofia, Ciências Sociais, História e Arquivologia, moradores da casa e interessados naturais.
O Departamento estuda a possibilidade de aproveitamento das conferências como material para Atividades Complementares de Graduação (ACG's).
Para maiores informações sobre o ciclo, clique no link no lado direito do blogue, "Cultura e Pensamento".

Na quarta-feira, dia 23, às 18.45, haverá a palestra de Marilena Chauí.

Abaixo vai o resumo da palestra de Chico de Oliveira:
"No capitalismo contemporâneo, a política é desvalorizada, um fenômeno de alta relevância, pois era dela que o Ocidente vinha se valendo desde sempre para contrabalançar a assimetria de poderes. Tal desvalorização, em escala mundial, tem na periferia capitalista efeitos devastadores; daí que, ao invés de se concordar com a irrelevância da política, deve-se mais do que nunca ressaltar sua importância, a importância de reinventá-la."

quinta-feira, agosto 17

Merengue de gelo

O Passo da Água Negra leva o vivente a 4.600m. Fica perto de Santa Maria da Boca do Monte, ali para as bandas de San Juan. Um Uno Mille pode chegar ali com apenas três velas funcionando. Encontrei ciclistas suiços de 40 anos subindo em magrelas carregadas, dormindo junto aos pequenos rios que descem da cordilheira. Vai lá, Valter! É inesquecível.

domingo, agosto 13

Dia dos Pais

Lembrando meu pai, que foi o maior dançarino que conheci, capaz de animar um baile inteiro, que não deixava uma moça voltar para casa sem uma contramarca, ouvi hoje várias versões de uma música que tocava sem parar no Brasil dos anos cincoenta, tanto na versão original francesa quanto nas versões americanas e brasileiras. Trata-se de Cerisier rose et pommier blanc, de Andre Claveau. A versão americana, de Eddie Calvert, (Cherry Pink and Apple Blossom White) me arrepia ainda hoje, porque devo ter ouvido no berço, de algum rádio a pilha. Ela toca na cena do baile em Oxford, no filme Iris. A versão brasileira atendia pelo prosaico nome de "A cerejeira em flor", creio eu.
Meu pai muito dançou essa e muitas outras músicas com minha mãe e outras moças aqui pelos bailes da campanha.
Essa é uma das tantas coisas boas que lembro dele.
Um abraço aos pais. Shall we dance?

Candombe


Em 1972 fiz uma viagem a Rivera, minha primeira ao mundo exterior. Perto da esquina da Sarandi com Seballos havia uma loja de discos e livros - Pepo -, na qual comprei, depois de muito garimpar, um disco de música uruguaia, "Musicacion 4 1/2", (Discos de la Planta). Trazia alguns dos melhores intérpretes do Uruguai: Ruben Rada, Diane Denoir, El Kinto, Mateo, Horacio e outros. Foi ali que eu descobri o candombe, um ritmo de origem africana cultivado pelos hermanos. O disco é coisa muito fina, tem uma belíssima interpretação de "Mejor me voy" (não confundir com a valsa mexicana de mesmo nome...) na voz de Diane Denoir. Descobri faz pouco que isso existe em cd, disponivel apenas em Montevideo. Lembro disso porque estive em Rivera no final de semana e encontrei um tipo, o cantor da foto, cantando candombe, perto da esquina da Sarandi com Paysandu. Para fazer seu candombe, no entanto, Yamandu Paz precisa agradar os turistas com os grandes sucessos da gauchada: Guri, Los Hermanos, Rio Manso, Orelhano, Merceditas. Até de Condorpasa ele ataca. Fazer o quê, nesses tempos de freerivera? Trouxe o cedê do índio, que faz ponto ali em frente a Los Baguales e toca o que o freguês pedir, no gênero, se ele souber, com toda a alegria.
Alguém sabe quem converte um elepê num cedê? Acho que vou fazer isso com meu disco de 1972 e repartir com os amigos. Antes de morrer todo mundo devia poder ouvir Diane Denoir cantando "Mejor me voy" acompanhada pela guitarra de Mateo.

quinta-feira, agosto 10

Enade 2005

Saiu o resultado do Enade: o Curso de Filosofia da UFSm teve nota máxima. A informação está na página da ufesm. Entre mais de cem cursos avaliados, ao redor de 10 (preciso conferir) tiveram a nota máxima. Ficamos ao lado da UFRGS, da Federal do Rio e de algumas outras deste tipo. Dá para melhorar neste ano. Confira na página: http://enade2005.inep.gov.br/?c=CUniversidade&m=mostrar_lista_area. Obrigado ao Frank pela indicação do fato.

quarta-feira, agosto 9

Ensino de Filosofia

O parecer aprovado pela Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação no último dia 7 de julho, que inclui as disciplinas de Filosofia e Sociologia no currículo das escolas do ensino médio será homologado no próximo dia 11 de agosto, pelo Ministro da Educação. A solenidade está marcada para as 10 horas, no auditório do MEC, em Brasília.
No endereço abaixo está o ultimo documento do MEC com diretrizes para o ensino de Filosofia.
http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/book_volume_03_internet.pdf

segunda-feira, agosto 7

Colóquio de Ética sobre "A Pessoa"

Começa hoje às 18.00 horas o Colóquio de Ética e Ética aplicada sobre "A Pessoa". As 18.15 tem a conferência do Prof. Nythamar de Oliveira (PUC-RS). Depois, um painel com Hans Christian Klotz e Marcelo Fabri. Amanhã haverá um painel, às 18.30, com a Prof. Maria Luiza Kahl, Prof. Pedro Santos, Profa. Nara Magalhães e Prof. Ronai Rocha. Na quarta, na mesma hora, um painel com o Prof. Albertinho Gallina, Prof. Jair Krassuski, Prof. Noeli Dutra e Prof. Ricardo Rossato. O Simpósio tem 80 vagas, custa 10,00 a inscrição e vale como ACG.

quarta-feira, agosto 2

Etiqueta do Campus

Proponho a redação coletiva de um manual de etiqueta acadêmica. Ontem, segundo uma descrição que um aluno me fez, em um evento do Curso de História, cujos palestrantes foram convidados pela casa, aconteceu uma dessas coisas que nos fazem pensar em um manual desse tipo. No início da palestra do dito, convidado, gente de fora, etc, o salão estava cheio, lotado. Uma a uma, as pombas foram despertando, foi-se uma, foi-se outra, enfim, dezenas. Quando o dito convidado terminou a palestra haviam oito gatos gelados na platéia. Pode?

Crucifixo

Deu na Folha de S. Paulo: o Ministério Público, por meio de um promotor de justiça, pediu a retirada de um crucifixo colocado na sala de espera da clínica odontológica da Universidade de São Paulo. Um padre foi ouvido pela Folha e argumentou que "o crucifixo leva conforto às pessoas", depois de lembrar que "somos uma maioria cristã".
Perdi minha fé muito tarde, por volta dos dezesseis anos. Não posso dizer que tenha me esforçado muito em reencontrá-la. Talvez a tenha procurado no lugar errado. Mas procuro manter o respeito pelas religiões dos outros. Continuo achando que o diretor da clínica da USP, o padre em sua invocação do princípio da maioria e milhares de outros burocratinhas do serviço público brasileiro beiram o desrespeito às crenças e descrenças alheias quando penduram as evidências de sua confissão em lugares de serviço público. Havia, até meses atrás, por exemplo, uma enorme imagem da Santa Medianeira no gabinete do reitor da ufesm. Enorme, eu digo.
O problema é que minhas chances de chegar a reitor da ufesm são nulas.
Em tempo: se o barnabé precisa esse tanto de conforto espiritual, que coloque a imagenzinha da santinha voltada apenas para ele, ao lado da fotinho das crianças.