quinta-feira, agosto 10

Enade 2005

Saiu o resultado do Enade: o Curso de Filosofia da UFSm teve nota máxima. A informação está na página da ufesm. Entre mais de cem cursos avaliados, ao redor de 10 (preciso conferir) tiveram a nota máxima. Ficamos ao lado da UFRGS, da Federal do Rio e de algumas outras deste tipo. Dá para melhorar neste ano. Confira na página: http://enade2005.inep.gov.br/?c=CUniversidade&m=mostrar_lista_area. Obrigado ao Frank pela indicação do fato.

4 comentários:

Cé S. disse...

Obrigado pela informação.

Anônimo disse...

EM NOME DO PAI, DO FILHO E DOS VOCIFERADORES.
Olhem, essa questão do crucifixo, sinceramente, não consigo entender tanta algazarra em torno disso. E ninguém precisa me repetir todos os argumentos acerca do inadmissível sectarismo religioso nas empresas públicas, pela presença do crucifixo nas suas paredes. Nisto, nem divirjo. Mas não é esta lógica que deve resultar de tudo.
Não entendo por que tanta intolerância. Essa defesa à laicidade das paredes das instituições públicas...Acho uma tolice. Perdoem-me a sinceridade.
Onde está o coração dos homens? Fica no seu entendimento. Que me importa – pelo menos não deveria jamais importar – que um homem dirija-se a mim com o crucifixo no peito. Eu preciso dessa pessoa na sua fala, no seu olhar, na solidariedade do diálogo. O símbolo que ele traz no peito jamais me fará mal algum, a não ser que eu queira. E é muito comum que queiramos que os outros nos façam mal sem que eles jamais tenham pensado nisto.
Fico pensando nessa algazarra contra o crucifixo; algazarra que busca obter a tranqüilidade e a paz da neutralidade laica para os vociferadores. Eles falam em nome de tantas pessoas (acho até que de todas), e só justificam sua indignação e o que deliberariam se tivessem poder para tal, em nome de favorecer a todos, prestando-nos justiça e respeito. Por que não falam unicamente na primeira pessoa e assumem a sua exclusiva aversão ao símbolo grudado nas paredes? Fico pensando e imaginando a receptividade dos vociferadores a um homem que vem ao seu encontro portanto um crucifixo muito vistoso ao peito. Por que tanta incomodação? Por que os vociferadores se perturbam com isso? Estão incomodados, indignados, e falam que aquele crucifixo na parede da repartição está a afrontar as pessoas. Mas, pelo que sei, ninguém (muito menos uma freqüência de pessoas) jamais deu queixa à ouvidoria da UFSM pela ofensa que o crucifixo lhe causou. Qual é o problema para um budista, para um praticante do candomblé, para um judeu, um sunita, seja lá mais quem for, em encontrar na parede da repartição um crucifixo?
Nenhum. O problema é querer fundar a igualdade pela diferença – que é o que fazem os vociferadores. O que redunda sempre em intolerância. Pois aí o que se busca mesmo é perpetuar a diferença.
Contrariamente, fundar a diferença pela igualdade significa tolerar.
É lamentável saber que teríamos, entre os vociferadores, um reitor democrata com laivos autoritários.
Este texto, o assina Pedro, um ateu.

Ronai Rocha disse...

Meu caro Pedro, o ateu: eu não me entendo com "vociferador", mas isso é problema meu, admito. Tampouco acho que exista uma "algazarra", na medida em que pouco se fala no Brasil sobre esse assunto. A maioria religiosa que existe em nosso país parece conviver naturalmente com essa linha vaga que separa espaços públicos e privados. Se eu dei a entender uma objeção ao fato de alguém portar em seu corpo os sinais de sua crença, como um crucifixo, argumentei mal e me desculpo. Entendo que somos corpo, só ou também, e nele cada um pendura o que o bom senso lhe recomenda. Meu argumento visava a parede por trás do funcionário público. Não penso ter nenhuma aversão a crucifixos. Só não julgo correto, etc, etc, ect, estrela de davi, crescente lunar, caveira do exu, etc. Você pergunta qual é o problema para um budista, etc, encontrar o crucifixo na parede e diz que é "nenhum". Eu não penso assim. Nesses tempos bicudos, no qual o dinheiro público é tratado como coisa privada, parede pública é parede pública, e continuo achando que nela, na parede pública, não devem estar pendurados símbolos religiosos. Só isso, sem açúcar e sem afeto. Sem briga.
Acho que insisti nisso por alguma crise de adolescência intelectual mal resolvida, o que é problema apenas meu, por certo. A imagem que me fiz, nas aulas de história do segundo grau, de homens com cruzes no peito investindo contra a bagualada atéia, essa indiada que andava pelas américas, até hoje, quem sabe, me ficou mal resolvida, me adesculpem.

Anônimo disse...

Você é digno. Só por suas considerações honestas, nosso diálogo tornou-se sóbrio e sensato. A energia despendida nele foi muito bem aplicada: mais do que revelar-se uma razão ou uma pretensa verdade, ganhamos com o clima rarefeito do diálogo. Ar que deveria sempre cercar todos os diálogos. Obrigado.