terça-feira, abril 11

Simone Weil (II)

Desde o final das aulas, no longínquo ano de 2005, que não tiro férias. Particularmente hoje, dia 11, cansei um pouquinho, mais pela emoção do que pelo trabalho. Amanhã pego meu exemplar de "A Gravidade e a Graça" e vou tirar cinco dias de descanso. Vou pensar um pouco no destrato do qual ela foi alvo (nos comentários abaixo ), certamente que não por causa dela, mas por alguma coisa que eu disse sobre ela que incomodou um anônimo.
Hoje passamos um dia de trabalho com esse assunto da filosofia no vestibular. No final das contas, ficou assim: cinco questões por dia, nos três primeiros dias. E as questões - essa foi a corrida atada - devem se pautar por temas bem fundamentais, sem decoreba de história da filosofia e erudição estéril.
Entre tapas e feridas, sobrevivemos. De minha parte, gostei do pessoal do Departamento. Essa moçada trabalhou direito e ainda vai dar muito o que falar: Frank, Gallina, Jair, Noeli, todos estavam ótimos. E os professores que participaram do evento: exageraram um pouquinho nos elogios, a caminhada vai ser bem dura, podiam ser mais críticos; mas no final das contas, tá só começando, faz bem começar com entusiasmo.
Não tem vitoriosos nem derrotados nessa história, by the way. Tem quem queira pegar junto, quem não queira.
A caravana segue.
E daqui uns dias volto à Simone.

2 comentários:

Anônimo disse...

Ronái meu velho, como vais?
Boas férias e boa Páscoa para ti. Abaixo eu transcrevo um final de um filme que eu gosto muito. É para alegrar tuas férias. Inté!

"Hlenka e eu nos encontramos por acaso um dia ao comprar ingressos para um concerto. Eu a reconheci pois ela era amante de um homem que eu conhecia muito bem. Recentemente eles haviam decidido se casar e isto foi uma catástrofe para mim pessoalmente pois desde o primeiro momento em que ele me apresentara a ela eu havia me apaixonado.

Convenci-a a tomar um drink comigo. Aquela era a primeira vez que pudemos ficar a sós. Ela era linda. Eu falei demais e falei muito rápido porque sentia vergonha de ter os sentimentos que tinha. Sentimentos que eram dolorosamente óbvios. Passeamos pelo Central Park e falamos sobre muitas coisas. Falei a ela sobre o livro que ia escrever e de como pretendia mudar-me para o Oeste. Ela falou entusiasticamente sobre seu futuro casamento mas eu a achei entusiasmada demais, como se ela quisesse convencer a si mesma e não a mim.

De repente começou a chover. Escondemo-nos sob um pequeno viaduto para nos esconder da chuva. Lembro-me de pensar em como ela era maravilhosa e em como ela estava linda naquele momento. Queria dizer-lhe tantas coisas. Minhas emoções estavam a mil. Acho que ela sabia de tudo que eu sentia, e isso a assustava. Mais, um instinto me dizia que se eu a beijasse, ela corresponderia.Seu beijo estava repleto de desejo. Sabia que não poderia compartilhar daquilo com qualquer outra. Daí surgiu uma parede e eu fui barrado em seus sentimentos. Era tarde demais, pois sabia que ela era capaz de amor intenso se um dia ela se permitisse sentí-lo.

Fechei o livro e senti uma mistura estranha de melancolia e esperança. Lembranças são algo que se tem ou algo que se perde? Pela primeira vez em muito tempo, me senti em paz."

Anônimo disse...

http://filonovestiba.blogspot.com/