segunda-feira, dezembro 26

Valter Antonio Noal Filho


"Os Viajantes Olham Porto Alegre" ganhou o Açorianos (de ensaios) deste ano! Este prêmio, para quem não sabe, é o Oscar da literatura gaúcha. Sábado, no Caderno Cultura de ZH, o livro ganhou duas páginas de comentários, trechos e ilustrações. A Zero Hora de hoje fez uma bonita e merecida homenagem ao Valter, na página 3, com direito à foto e tudo o mais. Na companhia do Mestre Guina presto aqui minha homenagem ao Valter, que traz para casa este belíssimo prêmio, que antes de mais nada é um reconhecimento mais do que merecido ao trabalho preciso e precioso que ele faz, quieto no seu canto.

quarta-feira, dezembro 21

Recesso de Natal

Estou fazendo um breve recesso de Natal. Volto logo. Do pouco que estou acompanhando da cena universitária federal, apenas ontem o comando nacional jogou a toalha, segundo a Folha. Ufa!
E a Bolivia? Um dos meus projetos de viagem era me internar na Bolivia, em algum momento deste ano, que só vai começar em maio (?), mas agora que a Petrobrás está na alça de mira dos bolivianos, sei não...
MAS vai dar o que falar... Luciana Genro foi conferir as eleições. Tarso Genro foi conferir as jogadas do neto no clássico juvenil, mão no queixo... Não se faz mais socialismo como antigamente... E se antigamente a coisa já era estranha, o que dizer agora?

quarta-feira, dezembro 14

Mais uma


A foto é de Paulo Fernando Machado. Trata-se de uma vista da cascata chamada Lava-Pés, próxima ao vizinho municipio de São Martinho. O arquivo me foi passado pelo Valter.

Cascatas, lendas e calendas

As redondezas da Boca do Monte oferecem belos riachos e dezenas de cascatas. O Valter - exímio nadador e habilíssimo no caminho das pedras - alegrou minhas retinas com fotos maravilhosas (do Paulo), de uma cascata chamada Lava-Pés, que vou tentar postar aqui. Assim, no que posso, ofereço meus préstimos ao Mestre Guina (salve!!!) e aos demais visitantes deste molhado blogue para uma excursão de lava-pés à esses recantos. Podemos comer o mingau pelas beiradas, iniciando por Ivorá, quem sabe, que tem lugares tão bonitos quanto esses outros.
Afinal (1), como foi muito bem observado alhures pelo referido Mestre, com a Copa do Mundo que vem por aí, quem sabe o semestre letivo começa pelas calendas de julho?
Afinal (2), greve cansa!

segunda-feira, dezembro 12

Mais argumentos para as alternativas para a canícula!!!


O gordinho (não se trata mais do editor de textos anteriormente mencionado) da foto (tomada por volta das 19.00 horas, o que explica, mas não justifica, a baixa qualidade da mesma) dá uma idéia das proporções das piscinas e cascatas que podem proporcionar um bom refresco para a canícula de janeiro, nas proximidades da UfSM!!!

Alternativas para um janeiro senegalesco?


Opções para a canícula de janeiro: na foto, um exemplo de uma boa alternativa de refresco para a canícula de janeiro. O paraíso gelado se encontra a poucos minutos de caminhada do balneário do Zimmerman, em Três Barras, ao módico custo de um real per escalpo, tarifário que o PL do MEC recentemente encaminhado à casa das leis pode certamente cobrir. O atleta que ilustra a foto, by the way, é editor de texto e programador visual de uma das mais importantes revistas de divulgação científica do sul do país.

Deu no Mix

O caderno Mix do final de semana traz uma entrevista com o Padre Lauro Trevisan, o do poder da mente. Nela, o padre assume sua condição de padre e diz, lá pelas tantas: "O dinheiro não traz felicidade, mas a felicidade traz dinheiro. Sacrifício e penitência são bobagens."
Eu só registro esse besteirol porque o dito cujo um dia fez os créditos do Mestrado em Filosofia da UFSM e quis defender uma tese, sobre o poder da mente. Felizmente o então Coordenador do Curso lhe informou que não ia dar. Vai daí que ele resolveu publicar o tal do livro, ficou rico, depois ficou milionário e comprou uma mercedez benz, bem faceiro, como se vê nas fotos da reportagem.
"Sacrifício e penitência são bobagens."
Como diria minha falecida avó, só dando nele com um gato morto, até o bicho miar.

Acabou

Hoje, dia 12 de dezembro, quase às vésperas de Natal, três meses e vários dias depois, acabou a greve na UFSM.

segunda-feira, dezembro 5

Hans Sluga em Santa Maria


Na quarta-feira, dia 7, às 20 horas, começa o Segundo Simpósio Internacional de Filosofia, do Programa de Pós-Graduação em Filosofia da UFSM. Ele será aberto com uma palestra de Hans Sluga, sobre o tema "A Verdade e a Imperfeição da Linguagem".
Hans Sluga nasceu e cresceu na Alemanha. Estudou em Bonn e Munique, onde conheceu a lógica moderna, filosofia da ciência e filosofia da linguagem, mas também estudou a obra de Heidegger. Estes estudos iniciais provocaram nele a convicção que a divisão entre filosofia analítica e continental é artificial. "Eu nunca me senti obrigado a assumir um lado nessa disputa estéril", diz ele.
Seus estudos continuaram em Oxford, onde trabalhou com R. M. Hare, Gilbert Ryle, e Michael Dummett. Foi também em Oxford que ele diz ter recebido a influência do pensamento de Wittgenstein, que se tornou decisivo para ele.
Depois de concluir seus estudos em Oxford, trabalhou por alguns anos na University College London (The University of London). Depois foi para a University da California, em Berkeley, onde está até hoje. Veja o que ele diz sobre seus interesses filosóficos:
"Eu tenho me interessado nesses anos todos por uma grande variedade de temas e autores. Em acréscimo a um interesse continuado nos começos da filosofia analítica (Frege, Russell e o primeiro Wittgenstein), eu tenho, mais recentemente, pensado sobre o conhecimento humano, e mais ativamente, sobre temas de filosofia política. Em minhas aulas eu tenho me interessado crescentemente também pelos escritos de Nietzsche, Heidegger, e Foucault. Depois de muitos anos de trabalho, sinto que agora começam a surgir alguns frutos."
A palestra de Hans Sluga será em inglês.

domingo, dezembro 4

Walt Whitman


O destaque literário do final de semana foi o lançamento de uma nova tradução do Folhas de Relva, de Walt Whitman (1819-1892). A publicação é da Iluminuras, e o autor da tradução é Rodrigo Garcia Lopes. Há comentários na Veja e na Folha de São Paulo, e a edição é bem elogiada. Vou colocar no Quadro de Avisos uma passagem das mais famosas do "Canto de Mim Mesmo".
Geir Campos e José Agostinho Batista, anteriormente, fizeram traduções de Whitman.

Filosofia em Zilbra

Zilbra é um país no qual a filosofia é muito cultivada. Pouca gente vive sem filosofia em Zilbra, onde também acontecem muitos encontros e congressos sobre tal flor da cultura. Para um desses encontros foi sugerido um texto sobre a busca de caminhos. Eis o início do resumo do texto:

"A leitura de um texto é um momento da leitura da vida. Vista desse modo, se insere no quadro de um acontecimento mais amplo, que inclui não apenas a possibilidade de interagir o mesmo, mas de exercitar o sentimento de fruição do ato de ler. Pois, quando o texto nos diz algo, participamos desse dizer ante aquilo que é sugerido, em sua estrutura, a um pensar que o ordena e perspectiva para acolher e recriar sentidos. O texto sugere caminhos, a serem reinaugurados a partir das relações virtuais que cada leitor possa estabelecer com as suas próprias experiências vivenciais e a sua posição parcial de observador."

Um leitor zilbreiro, que gostaria de entender o resumo, reclamou.
a) em que consiste "interagir o mesmo"?
b) "exercitar o sentimento de fruição do ato de ler" parece estar incluido nos acontecimentos mais amplos da leitura. O que ele deve concluir disso?
c) "ante aquilo que é sugerido" parece ter algo a ver com dizer algo, "a um pensar que o ordena"?. Mas o que isso quer dizer?
d) o leitor pode estabelecer "relações virtuais" com suas próprias experiências... Virtuais? E que tal ""próprias experiências vivenciais"?
Em Zilbra ou alguns filósofos gostam de escrever obscura e redundantemente, ou o fim de ano nos deixa um tanto cansados e de mau humor, o que explicaria o texto do resumo e o comentário.